quinta-feira, 30 de julho de 2009

Enjôo pt.2

Então é isso. Eu sirvo como alavanca. Enquanto você faz questão de divertir com os olhos fechados sua dança.
Por sugestão própria não farei perguntas. Eu sempre soube.
Pude despir seus olhos desde o começo. E você pôde beber meus óleos pelo avesso.
Vamos insistir mais antes de fugir pros nossos cantos. Vamos assistir menos nossas mortes de relance. Quero estar pelos seus cantos. Ser motivo dos seus prantos.
Me tranca no quarto e me faz implorar por ninguém. E quando tem tempo pra matar, entra, volta pra mim. Coração perigoso. Ilusão pós-gozo? Carência? Não: cachaça.
Você enche mais um, dois ou três copos meus e pede, por gentileza, pra bagunçar novamente.
Conhece o vazio da minha cama e faz questão de deixá-la quente.
Pode bagunçar. Pode lambuzar.
Mas limpe o local, após o deleite.

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