segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ninguém

Não consigo lembrar quem eu era antes de ser gabi. Quando lembro da cidade suja e de luzes bonitas, lembro de mim, mas não lembro de você, não lembro de ninguém. Lembro de coisas que não existem e nunca aconteceram. Não sei se ainda faço algum sentido; virei uma seqüência de ações impulsivas e inconseqüentes;

Sabe aquilo que te prometi, aquilo que sabemos que não vamos ter? Esquece tudo isso menina, volta pra realidade que eu criei sozinha que é tão melhor que essa.

Já faz algum tempo que esquecemos como escrever bonito, então deixemos o bonito de lado, vamos continuar falando coisas sem sentido que nos fazem bem...vamos brincar de ser normal porque o resto não interessa a mais ninguém.


ninguém

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nostalgia

Faltei no trabalho, tentei me matar e tomei uma ducha fria. Gosto de gritar sozinha, isso é felicidade. Não me deixe ter constância, não me deixe tomar rumo. Baguncei a casa com um sorriso no rosto. Não sei o que quero com um sorriso no rosto. E hoje retomo minha essência com um sorriso no rosto. Não peço que me entenda e nem que goste de mim, só que fique ao meu lado e me penetre se tiver vontade, me pague um drinque se tiver vontade. Sou um farelo que sobrou;

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Somatização

Esqueci que houveram dias quando eu sacrificaria o centro do mundo por você. Dias em que sacrifiquei tudo, e a troca era tão boa, valia tanto. E a cabeça pesa só de pensar que a troca não me engana mais, que minha doçura acabou e sobrou um silêncio estranho que não consegue admitir a verdade. Não entendo certas dificuldades. Não entendo por que são difíceis, se são tão simples. Me comprometo como quem escolhe uma roupa no sábado à noite, nada dura, nada fica comigo, nada é importante pra mim.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Era Tão Certo

Quando corríamos de mãos dadas na chuva.
Quando adentrava, de cabeça, seu ócio.
Quando melava, seu tédio, meu corpo.
Quando gritávamos sussurros impróprios.
Quando falava, por ti, estou morto.
Tão errado, tão vazio, tão sutil.
Inevitável, tão feio, invisível.
E a água no rosto, que me acorda, à corda escorrega seu gosto.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Neura

Então me diz como que é estar aí. Me conta mais da importância que a neurose tem na nossa vida. Porque eu só vejo uma fila de palhaços. Conta aí, palhaço. O que é que tem de tão errado em querer uma vida tranqüila (SIM O TREMA)? Qual o grande erro em não ter se esforçado? O esforço de vocês é minha piada. E a falta do meu é a de vocês. Quem será que vai rir por último?


porqueeeeeee......
às vezes
parece que;

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Enjôo pt.2

Então é isso. Eu sirvo como alavanca. Enquanto você faz questão de divertir com os olhos fechados sua dança.
Por sugestão própria não farei perguntas. Eu sempre soube.
Pude despir seus olhos desde o começo. E você pôde beber meus óleos pelo avesso.
Vamos insistir mais antes de fugir pros nossos cantos. Vamos assistir menos nossas mortes de relance. Quero estar pelos seus cantos. Ser motivo dos seus prantos.
Me tranca no quarto e me faz implorar por ninguém. E quando tem tempo pra matar, entra, volta pra mim. Coração perigoso. Ilusão pós-gozo? Carência? Não: cachaça.
Você enche mais um, dois ou três copos meus e pede, por gentileza, pra bagunçar novamente.
Conhece o vazio da minha cama e faz questão de deixá-la quente.
Pode bagunçar. Pode lambuzar.
Mas limpe o local, após o deleite.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vômito

Vomita num papel as palavras que não quer dizer e me diz que tem vontade de voltar. Olha a cor que o céu fez sem ajuda de ninguém, me pede pra eu passar aquele batom que todo mundo achou vulgar.

Vamos lamber a cidade
Devolver a ela seu neon

Gosto de hipnose
Gosto de ruas sujas

E de você